quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Promoção - Mudas de Árvores Nativas


Mudas Nativas Florestais -Ruralistas não foram derrotados, diz Kátia Abreu

AGÊNCIA ESTADO
VENILSON FERREIRA E ROSA COSTA
Na avaliação da presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), a bancada ruralista não foi derrotada pelos nove vetos impostos pela presidente Dilma Rousseff ao texto do Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional no final do mês passado. Ela diz que o mais importante é que, 'gostando ou não', a nova legislação garante segurança jurídica no campo, 'pois o pior do mundo é (o produtor rural) não saber se está bem ou mal'.
A senadora observa que o veto é um direito constitucional da presidente da República, assim como os parlamentares têm o direito de analisar e derrubar as restrições. Ela reconhece as dificuldades, pois existem inúmeros vetos presidenciais à espera de análise pelo Congresso Nacional, muitos dos quais nunca foram apreciados, 'o que constrange o Congresso Nacional'.
A senadora destacou o fim da 'hegemonia' das organizações não governamentais (ONGs) sobre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ibama como um dos principais avanços proporcionado pelo novo Código Florestal. Ela entende que os dois órgãos, livres da pressão das ONGs, tornam-se novamente republicanos. 'Se eu não estou 100% satisfeita como produtora rural, eu me considero 100% contemplada como cidadã, democraticamente todos nós teremos espaço para debater ', afirmou.
Kátia Abreu disse concordar com alguns dos vetos da presidente Dilma Rousseff ao texto que cria o novo Código Florestal, como o que impede a fruticultura em área de rios, por entender que os defensivos utilizados poderiam poluir a água.
Já com relação à averbação da reserva ambiental, a senadora entende que, como há mecanismos para identificar a situação das propriedades, é 'totalmente desnecessária para a preservação ambiental e para os produtores rurais'.
Sobre o resgate da 'escadinha' na lei, a senadora observou, 'com muita franqueza', que as mudanças feitas no texto inicial do Código Florestal foi uma decisão de última hora da comissão que examinou a Medida Provisória que recuperava o texto original da proposta. 'Não foi uma decisão com convicção técnica, mas apenas uma convicção política para que, naquele momento, um grupo de parlamentares não se retirasse da comissão mista (que examinou a MP) e deixasse de votar num trabalho feito ao longo de três anos'. 'Então, para nós, cinco metros para cá, cinco metros para lá, diante da grandeza dos pontos que avançamos no Congresso, não podemos abrir mão da vitória de votar o Código'.
Fonte:http://www.dm.com.br/texto/65991-ruralistas-nao-foram-derrotados-diz-katia-abreu

Mudas Nativas Florestais -Ruralistas não foram derrotados, diz Kátia Abreu

AGÊNCIA ESTADO
VENILSON FERREIRA E ROSA COSTA
Na avaliação da presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), a bancada ruralista não foi derrotada pelos nove vetos impostos pela presidente Dilma Rousseff ao texto do Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional no final do mês passado. Ela diz que o mais importante é que, 'gostando ou não', a nova legislação garante segurança jurídica no campo, 'pois o pior do mundo é (o produtor rural) não saber se está bem ou mal'.
A senadora observa que o veto é um direito constitucional da presidente da República, assim como os parlamentares têm o direito de analisar e derrubar as restrições. Ela reconhece as dificuldades, pois existem inúmeros vetos presidenciais à espera de análise pelo Congresso Nacional, muitos dos quais nunca foram apreciados, 'o que constrange o Congresso Nacional'.
A senadora destacou o fim da 'hegemonia' das organizações não governamentais (ONGs) sobre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ibama como um dos principais avanços proporcionado pelo novo Código Florestal. Ela entende que os dois órgãos, livres da pressão das ONGs, tornam-se novamente republicanos. 'Se eu não estou 100% satisfeita como produtora rural, eu me considero 100% contemplada como cidadã, democraticamente todos nós teremos espaço para debater ', afirmou.
Kátia Abreu disse concordar com alguns dos vetos da presidente Dilma Rousseff ao texto que cria o novo Código Florestal, como o que impede a fruticultura em área de rios, por entender que os defensivos utilizados poderiam poluir a água.
Já com relação à averbação da reserva ambiental, a senadora entende que, como há mecanismos para identificar a situação das propriedades, é 'totalmente desnecessária para a preservação ambiental e para os produtores rurais'.
Sobre o resgate da 'escadinha' na lei, a senadora observou, 'com muita franqueza', que as mudanças feitas no texto inicial do Código Florestal foi uma decisão de última hora da comissão que examinou a Medida Provisória que recuperava o texto original da proposta. 'Não foi uma decisão com convicção técnica, mas apenas uma convicção política para que, naquele momento, um grupo de parlamentares não se retirasse da comissão mista (que examinou a MP) e deixasse de votar num trabalho feito ao longo de três anos'. 'Então, para nós, cinco metros para cá, cinco metros para lá, diante da grandeza dos pontos que avançamos no Congresso, não podemos abrir mão da vitória de votar o Código'.
Fonte:http://www.dm.com.br/texto/65991-ruralistas-nao-foram-derrotados-diz-katia-abreu

domingo, 4 de agosto de 2013

Mudas Nativas -A água é um recurso natural esgotável


Estudos sobre o sistema hídrico mundial são unânimes em indicar que, se a média de consumo global de água não diminuir no curto prazo, teremos problemas de escassez. O Brasil, que tem uma parcela significativa de água doce, também está ameaçado.
Foto: Pier/Getty Images
Você acorda de manhã, acende a luz, toma um banho quente e prepara o café. Após se alimentar, limpa a boca com um guardanapo e lava a louça. Vai ao banheiro, escova os dentes e está pronto para dirigir até a escola para mais um dia de trabalho. Se parar para pensar, vai ver que, para realizar todas essas atividades, foi preciso usar água. A energia vinda das quedas d’água (via hidrelétricas) é que faz lâmpadas acenderem, chuveiros aquecerem e geladeiras refrigerarem. E para produzir o guardanapo que você passou pela boca é necessária muita água. Sem esquecer que o combustível de seu carro também contém
a substância.
 

Usando uma expressão que tem a ver com o tema, seria "chover no molhado" dizer que a água é essencial para a nossa vida. Sem ela em quantidade e qualidade adequadas, não é apenas o desenvolvimento econômico-social e a nossa rotina que ficam comprometidos, mas também a nossa própria sobrevivência. Só existimos porque há água na Terra. Por isso, a disponibilidade desse recurso é uma das principais questões socioambientais do mundo atual. De acordo com o relatório trienal divulgado em 2009 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2025, cerca de 3 bilhões de pessoas - mais da metade da população mundial - sofrerão com a escassez de água. "Se a média de consumo global não diminuir, o cotidiano da população pode ser afetado drasticamente, inclusive no Brasil", diz José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos e autor de livros sobre o tema.
 
Para ficar por dentro do assunto, o primeiro passo é compreender que, diferentemente do que ocorre com as florestas, a água é um recurso que tem quantidade fixa. Em teoria, dá para reflorestar toda a área desmatada da Amazônia, pois as árvores se reproduzem. Mas não é possível "fabricar" mais água. Segundo
 O Atlas da Água, dos especialistas norte-americanos Robin Clarke e Jannet King, a Terra dispõe de aproximadamente 1,39 bilhão de quilômetros cúbicos de água, e essa quantidade não vai mudar. Desse total, 97,2% dela está nos mares, é salgada e não pode ser aproveitada para consumo humano. Restam 2,8% de água doce, dos quais mais de dois terços ficam em geleiras, o que inviabiliza seu uso. No fim das contas, menos de 0,4% da água existente na Terra está disponível para atender às nossas necessidades. E a demanda não para de crescer.
A escassez hídrica na África é um problema econômico
Robin Clarke e Jannet King fazem um alerta: "Não se engane: o abastecimento de água no mundo está em crise, e as coisas vêm piorando". A crise a que eles se referem pode ser de três tipos. Há escassez física quando os recursos hídricos não conseguem atender à demanda da população, o que ocorre em regiões áridas, como Kuwait, Emirados Arábes e Israel, ou em ilhas como a Bahamas. E existe a escassez econômica que assola, por exemplo, o Nordeste brasileiro e o continente africano. Há ainda regiões ou países que vivem sob o risco de crises de abastecimento e de qualidade das águas pelo uso exagerado do recurso. Austrália, Espanha, Inglaterra, Estados Unidos e Japão sofrem com isso. "A recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) é que o consumo médio seja de 50 litros diários por habitante. Há países em que esse índice não passa de 5 litros. Já nas regiões mais desenvolvidas, uma pessoa usa em média 400 litros por dia", diz Tundisi. 

A crise pode ser explicada por vários motivos: desmatamento, ocupação de bacias hidrográficas, poluição de rios, represas e lagos, crescimento populacional, urbanização acelerada e o uso intensivo das águas superficiais e subterrâneas na agricultura e na indústria
 (veja o infográfico). "Especialmente nos últimos 100 anos, o impacto da exploração humana dos recursos hídricos aumentou muito e trouxe consequências desastrosas", comenta Tundisi. De fato, segundo a Unesco, de 1900 a 2025, o total anual de consumo de água no mundo terá aumentado quase dez vezes.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

IPEF: Novo viveiro é estruturado para a produção de mudas clonais de eucalipto

O IPEF está finalizando a implantação de seu novo viveiro florestal, localizado na Unidade Monte Alegre, destinado principalmente à produção das chamadas "baby-clone", mudas clonais de eucalipto com cerca de 15 cm de altura e idade média de 40 dias.

Com uma área de 25 mil metros quadrados, o viveiro terá estrutura para produzir 600 mil mudas ao mês, o que equivale a mais de sete milhões de mudas ao ano. Essa capacidade representa potencial desenvolvimento para os projetos e pesquisas do IPEF.

A iniciativa de produzir as "baby-clone" reflete a preocupação do Instituto em se adaptar constantemente ao mercado, acompanhando sua evolução e procurando suprir suas necessidades, já que passa a atender também a uma geração de produtores que aposta nas florestas clonais em complementação às florestas seminais.

Toda a estrutura tecnológica necessária para a produção das mudas clonais está sendo viabilizada na Unidade IPEF Monte Alegre. A produção engloba clones de Eucalyptus urophylla, E. urophylla x grandis (conhecido como "urograndis"), e E. grandis x E. camaldulensis (conhecido como "grancam"). "Atenderemos a viveiristas que não dispõem da estrutura física necessária para produzir o clone, e que terão assim o benefício de custos menores, já que irão apenas finalizar a condução", explica Israel Gomes Vieira, coordenador do Setor de Sementes e Mudas do IPEF.
Viveiro com as mudas dos clones a serem comercializados
A comercialização das mudas deve ser iniciada em agosto, sendo que os produtores interessados já podem firmar contratos que estabelecem a disponibilização para este período. Paralelo a isso, o Instituto segue ofertando sementes de Eucalyptus, Pinus e espécies nativas. Para mais informações, contate o Setor de Sementes e Mudas do IPEF: (19) 2105-8615
Fonte:
http://www.fazendajardim.com.br/index.php?pg=noticias_ler&idnot=700

domingo, 28 de julho de 2013

IPEF atinge produção de 1 milhão de mudas por mês

 viveiro de produção de mudas do IPEF, localizado na unidade Monte Alegre, produz mudas de espécies nativas e exóticas
Prevista para ocorrer somente em dezembro, o IPEF acaba de atingir a meta de produção de um milhão de mudas ao mês. Isto se deve à aplicação de técnicas adequadas de manejo, ao clima propício ao desenvolvimento das mudas, e a grande demanda de mercado incentivada com o início do período de plantio, que favorece a comercialização baseada em pequenos e médios produtores. A capacidade instalada de produção de mudas do IPEF saltou de 365 mil para um milhão mudas/mês em função de novos investimentos em estrutura física, contratação e capacitação de novos funcionários.
O viveiro de produção de mudas do IPEF, localizado na unidade Monte Alegre, produz mudas de espécies nativas e exóticas, sendo mudas clonais (com aproximadamente 45 dias, chamadas “baby clones”) de Eucalyptus urophylla x E. grandis (eucalipto urograndis) e E. urophylla, mudas seminais de Pinus elliottii, E. citriodora, E. cloeziana, E. paniculata, entre outras.
Para Israel Gomes Vieira, coordenador do setor de Sementes e Mudas, “alcançar a meta de produção de um milhão de mudas/mês é um mérito de toda a equipe que tem como prioridade a segurança no trabalho e a qualidade das mudas”.
O diretor executivo, Luiz Ernesto George Barrichelo, destaca que “ao longo da história do IPEF um diferencial importante tem sido a busca de novos desafios que tem encontrado o apoio irrestrito de seus funcionários e o reconhecimento de suas empresas associadas”.
Fonte:http://www.portaldoreflorestamento.com.br/ipef-atinge-producao-de-1-milhao-de-mudas-por-mes.html

sábado, 13 de julho de 2013

Produtores de mudas nativas se encontram na Embrapa Cerrados


Nilton de Menezes (esq.) e Geraldo José (direita)O viveirista Nilton de Menezes do Núcleo Rural Lago Oeste, em Sobradinho (DF), foi um dos participantes do I Encontro de Produtores de Mudas Nativas do Cerrado – evento realizado nesta quarta-feira (2) na Embrapa Cerrados, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária localizada em Planaltina (DF). Menezes montou em sua propriedade um viveiro de mudas de espécies nativas do Cerrado, ornamentais e de ervas medicinais. Ele se orgulha de já ter produzido, juntamente com seus sócios, mais de 10 mil delas em apenas um ano de trabalho. “O nosso interesse maior é ajudar no reflorestamento do Lago Oeste. Queremos que lá continue sendo área rural”, afirmou o viveirista, que estava acompanhando do caseiro de sua chácara, Geraldo José. Também participaram do Encontro estudantes e representantes de entidades governamentais e não-governamentais relacionadas ao tema.
A palestra de abertura do Encontro ficou a cargo do analista processual da Procuradoria-Geral da República, Anthony Brandão. Ele tratou do Código Florestal: Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) e explicou que, juridicamente, APP é uma limitação administrativa que decorre da ideia constitucional da função social da propriedade da posse. “E no caso da APP é da posse tanto rural quanto urbana. A APP não é um instituto apenas da área rural, como muitos pensam”, esclareceu. Segundo ele, outra confusão que as pessoas fazem é achar que a APP não pode ser privada, o que não está correto.
Quanto às reservas legais, Brandão afirmou que elas possuem um diferencial importante em relação às áreas de preservação permanentes, pois admitem a exploração econômica. “A ideia foi fazer com que se criasse um novo padrão de produção”, explicou. Segundo ele, o Código fornece uma série de benefícios para os agricultores familiares, que muitas vezes não são colocados em prática. “A rigor, cada prefeitura do Brasil teria que ter um viveiro público ou fazer convênios para garantir esse direito”, pontuou.
O presidente da Comissão Técnica Nacional de Sementes e Mudas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Frattini, falou sobre a legislação do comércio de sementes e mudas de espécies nativas. Ele tratou especificamente da Lei 10.711/03 que instituiu o Sistema Nacional de Sementes e Mudas. Fattini explicou que a Lei não contempla a parte florestal, mas criou um mecanismo que dá autoridade ao Mapa de legislar sobre o assunto. “No Decreto de Regulamentação da Lei foi criado um capítulo específico para as espécies florestais. Dentro desse capítulo é que se desenvolve toda nossa legislação referente ao assunto”, informou.
Negócios promissores
Soraya Carvalho BarriosDe acordo com Soraya Carvalho Barrios, analista da Gerência de Sementes e Mudas da Embrapa Transferência de Tecnologia, a corrida ambiental inaugurou um novo negócio: a produção de mudas de árvores nativas. Segundo ela, os principais obstáculos para reflorestamento observados atualmente são: dificuldade de aquisição de sementes e mudas de espécies nativas; pouco conhecimento sobre o manejo de espécies florestais; baixa qualidade e frequência da assistência técnica; falta de crédito para implantação e manutenção de experiências e; presença de pragas e doenças.
Do ponto de vista técnico, segundo ela, um plano de recuperação deve fundamentar-se em três questões básicas: quais espécies plantar; quanto plantar de cada espécie, e como efetivar esse plantio, de modo a recobrir o solo em menos tempo, com menores perdas e custos. “O requisito fundamental para atingir esses objetivos é dispor de material genético de boa qualidade e de modelos silviculturais compatíveis com o bioma, atendendo toda a parte de legislação ambiental”, afirmou. De acordo com ela, a base para começar todo esse programa é a origem do material genético. “A semente é a base de tudo”, enfatizou.
Soraya Barrios pontuou os principais gargalos encontrados para implementar essas ações: insuficiência de disponibilidade de sementes e mudas em quantidade e qualidade suficientes adequadas para atender as demandas regionais localizadas; falta de dados referentes à demanda concreta para fins de reflorestamento – o que, segundo ela, dificulta a efetivação dessa cadeia de produção; dificuldade de propagação de algumas espécies nativas; e a falta de subsídios governamentais.
“Mas quando detectamos problemas, a gente também enxerga oportunidades”, afirmou. Ela informou que dentro da Embrapa foi formulado um programa que atenda tanto agricultores familiares, como aqueles já estabelecidos com alguma produção comercial. “É uma tentativa de inserir o produtor nesse sistema que vem por aí”. Uma das propostas de ação seria, segundo ela, a identificação de áreas de APP e de RL a serem recuperadas. "A nossa intenção é fazer por bioma a seleção de alguns municípios representativos e que a gente possa nesses locais começar um projeto-piloto”, esclareceu.
Ela informou ainda que, num segundo momento, seria feita a definição de espécies florestais prioritárias por região de abrangência dos viveiros. Também seriam identificadas áreas de coleta de sementes para cada local. “A ideia, além de regularizar essas áreas para o fornecimento de material de qualidade, é formar um grande banco de sementes por região”, afirma. Também há a previsão de se implantar pelo menos um Módulo Demonstrativo de Recuperação (MDR) de áreas de reserva legal em cada área de atuação do viveiro. “Essas áreas seriam um mostruário nosso utilizado para treinamento e capacitação de multiplicadores”.
Eny DubocA pesquisadora da Embrapa Cerrados Eny Duboc tratou do potencial econômico das plantas nativas do Cerrado. Segundo ela, há um mercado promissor e consistente para produtos extraídos de frutos nativos desse bioma. “O pequi é o carro-chefe, mas existem muitos outros”, afirmou. Ela apresentou uma relação de frutas de elevado potencial de exploração sustentada. Estão na lista, dentre outros, o araticum, a mangaba, o baru, a cagaita, além do pequi. E ela faz um alerta. “Se quisermos replantar ou aumentar a área de cultivo com espécies nativas nós temos que fazer de tudo para buscar o que acontece na natureza e nunca o monocultivo”.
As pessoas que participaram do Encontro de Mudas Nativas tiveram a oportunidade de responder um questionário elaborado pelos pesquisadores da Embrapa Cerrados Fabiana de Aquino, Eny Duboc e Francisco Rocha com o objetivo de levantar as demandas do setor de produção de mudas e sementes. No encerramento do evento, foram entregues sementes aos participantes – a distribuição foi feita pela Embrapa Cerrados e pelas organizações não-governamentais Clube da Semente do Brasil e Oca Brasil, de Alto Paraíso (GO). O Encontro foi organizado pela Embrapa Cerrados, Embrapa Transferência de Tecnologia, e Rede de Sementes do Cerrado e contou com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).

Texto e Foto: Juliana Caldas (4861/14//90/DF)
Jornalista da Embrapa Cerrados
juliana.caldas@cpac.embrapa.br
(61) 3388-9945

sábado, 1 de junho de 2013

Arvores Nativas Florestais de Angico Vermelho

Angico Vermelho -Mudas de Angico Vermelho

piptadenia%20rigida01  Angico Vermelho  Mudas de Angico Vermelho
Argico Vermelho
Foto:
http://www.arvores.brasil.nom.br/new/angicovermelho/
Especificações Gerais
Familia:Mimosaceae
Nome Científico:Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan
Nomes Comuns:angico vermelho, angico, angico amarelo, angico branco, angico bravo, angico preto, angico do campo, angico rajado, angico fava, angico jacaré, angico rosa, angico do mato, arapiraca, brincos de sagui, cambuí ferro, curupaí, guarapiraca, angico de casca, paricá, cebil, cebil colorado, angico de curtume
Crescimento:árvore
Grupo Ecológico:oportunista
Ocorrência:floresta estacional semidecídual , floresta ombrófila densa , cerrado , caatinga
Distribuição Geográfica:BA CE ES GO MA MG MS MT PB PE PI PR RN SE SP TO
Dispersão:autocoria
Polinização:melitofilia
Floração:SET OUT NOV DEZ
Frutificação:JUN JUL AGO SET

Utilização

Utilizada para:Construção
Carvão
Resina
Arborização Urbana
Medicina
Melífera
Paisagismo

Dados do Caule

Tipo de Copa:globosa
Tipo de Estrutura:não há
Densidade da Madeira:1
Observações:A casca, bastante sulcada, encerra 15 a 20% de tanino e é empregada em curtumes. A madeira, de coloração vermelha, possui grande durabilidade sob condições naturais.

Dados da Flor

Forma da Flor:campânula
Número de Pétalas:5
Tamanho da Flor:2
Cor:branca
Estrutura:capítulo
Tipo:Inflorescencia
Sexual:capítulo
Observações:São pouco perceptíveis, porém bastante procuradas pelas abelhas.

Dados da Folha

Estrutura:paripinada
Tipo:Composta
Forma da Folha:lanceolada
Tamanho da Folha:8 x 15 cm
Inserção:alterna
Consistência:foliácea
Contem:Glandulas
Pilosidade
Observações:A folha possui cerca de 25 pares de folíolos medindo 4 a 8 cm de comprimento. Cada folíolo é formado por cerca de 60 pares de folíolos secundários medindo 0,1 a 0,2 cm de comprimento. Apresenta 1 glândula oval vermelha e vistosa no início de pecíolo e na inserção dos 3 últimos pares de pecíolos (no ápice). Possui púlvino bem desenvolvido. A árvore apresenta caducifolia durante os meses se setembro a dezembro (época da floração).

Dados do Fruto

Estrutura:Seco
Cor do Fruto:marrom
Tamanho:20
Deiscencia:sim
Periodicidade:anual
Observações:O fruto é uma vagem achatada e coriácea, com superfície rugosa e dotada de pequenas excrescências.

Dados sobre Pragas e Doenças

Descrição da Doença:O “serrador” Oncideres dejeani (Coleóptera, Cerambycidae) corta os ramos da planta, prejudicando o seu desenvolvimento. A “coleobroca” Eburodacrys sexmaculata (Coleóptera) realiza abertura de galerias longitudinais no lenho, causando a morte das plantas. Em viveiro é comum a ocorrência de tombamento (“damping-off”).

Dados das Sementes

Cor da Semente:marrom
Tamanho:2
Quantidade:10
Observações:A semente é lisa, oval e achatada, com pequena reentráncia hilar.

Técnicas em Viveiro

Beneficiamento:Os frutos devem ser colhidos da árvore quando iniciarem a deiscência. Devem ser colocados ao sol para completarem a abertura e liberação das sementes. As sementes devem ser armazenadas em câmara fria e seca (T = 18 C e UR = 60%), embaladas em saco plástico.
Sementes por Kilo:7600
Dormência:não
Quebra Natural:4 meses
Quebra Câmara:12 meses
Umidade:60 %
Germinação:90 % após 10 dias
Propagação:estaquia
Condução:pleno sol
Formação:a 30 cm em 6 meses
Tolerância:sim, 3 a 4 semanas após a germinação.
Plantio:É uma espécie heliófila, mas tolera sombreamento leve na fase juvenil. Seu crescimento é rápido, podendo atingir produtividade de até 25 m3/ha.ano. As cêpas rebrotam após o corte, permitindo a reconstituição do povoamento. Pode ser plantada em plantio puro a pleno sol, com bom desenvolvimento e expressiva regeneração natural por sementes. Quando consorciada com espécies pioneiras ou plantada em faixas abertas em capoeira, desenvolve melhor forma de fuste. É muito utilizada em sistemas agroflorestais.
Conservação:Pouco ameaçada.

Bibliografia

AGUIAR, I.B.; PINÃ-RODRIGUES, F.C.M. & FIGLIOLIA, M.B. Sementes Florestais Tropicais. ABRATES. Brasília. 1993. 350p.CORREA, M.P. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas Cultivadas. Ministério da Agricultura. Rio de janeiro. 1931.ENGEL, V.L.; MORAIS, A.L. & POGGIANI, F. Guia de localização e reconhecimento das principais espécies arbóreas do Parque da Esalq. Relatório de Pesquisa. FEALQ. 1984.LORENZI, H. Árvores brasileiras. Manual de Identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa. Ed. Plantarum. 1992. 352p.
PINÃ RODRIGUES, F.C.M. & FIGLIOLA, M.B. Informações práticas sobre sementes de espécies arbóreas. 1992. 48p.(Não Publicado).

Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
Avenida Pádua Dias, 11 – Caixa Postal 530 – CEP: 13400-970 – Piracicaba/SP
Reprodução permitida desde que citada a fonte.